Levar a educação para aqueles que não têm oportunidade é um fator determinante para definir como será o futuro dessas pessoas
Há tempos discutimos a importância da educação no Brasil e no mundo. Diversos estudos vindos de grandes universidades e respeitáveis entidades mundiais comprovam relação direta entre qualidade de ensino e acesso à educação, a indicativos importantes para o desenvolvimento de um país, como IDH, renda per capita, mais qualidade de vida e até mesmo o próprio PIB.
Basicamente, podemos dizer que a educação é um fator primordial e que não pode ser substituída por nenhuma outra remediação para atenuar os sintomas de uma sociedade doente, como pobreza, alta criminalidade e baixa qualidade de vida.
Basta darmos uma olhada nos países que lideram o ranking de melhor educação do mundo, como Japão, Finlândia, Coréia do Sul e Dinamarca. Ver os nomes deles nos faz vir à cabeça a imagem de sociedades bem estruturadas, desenvolvidas e com padrão de vida muito mais elevado do que o que estamos acostumados.
E não é apenas coincidência as pessoas dessas regiões serem bem-educadas e terem elevada qualidade de vida. A educação anda lado a lado com tudo isso.
Logo, podemos dizer que o acesso a uma educação de qualidade no Brasil faria a vida de muitas pessoas melhorar de forma significativa.
Sim, é claro que mudanças assim levam tempo para surtir efeito, mas temos que começar de algum lugar, não é?
E quando falamos de começar em algum lugar, pode ser bem aí, exatamente de onde você está agora, em sua própria casa. Afinal de contas, o ensino EAD é um importante personagem nessa batalha pela educação.
Uma forma mais democrática de ensino
Se você nos acompanha nas redes, deve ter visto que, recentemente, falamos sobre as diferenças entre o ensino a distância e o presencial, e como esse primeiro vem ganhando cada vez mais espaço no mercado profissional e conquistando a atenção dos estudantes.
Para se ter uma ideia, somente em 2015, mais de 5 milhões de pessoas se matricularam em cursos EAD, enquanto no ano seguinte houve uma queda de 0,8% das matrículas do ensino presencial.
Não queremos disputar uma guerra entre ensino a distância e presencial, afinal de contas, nenhum deles é menos importante para mudar o cenário da educação.
Porém, esses números nos mostram uma importante mensagem: de que a democratização do ensino se torna mais viável através do EAD.
Por que isso acontece? Bem, existem alguns fatores que corroboram para esse fato:
Dependência de recursos e iniciativas públicas
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é um dos países que mais investe em educação em relação ao PIB (4,2% contra 3,2% dos membros do bloco). Isso mesmo, você não leu errado.
Acontece que a eficiência com que esses investimentos são feitos é extremamente baixa quando comparada a de outros países.
Até porque, há pouca iniciativa para a educação brasileira quando pensamos a longo prazo.
Logo, grande parte dos gastos tendem a ser pontuais ou com recurso humano (salários), deixando de lado longos projetos que teriam o potencial de transformar a educação no País.
Dessa forma, há pouco espaço para uma atuação maior do ensino presencial para que haja uma maior qualificação profissional, que acaba deixando lacunas – principalmente dentre aqueles que mais precisam – à espera de algo que as preencham.
A internet vem se tornando mais acessível
Onde tijolos, cimento e professores qualificados não conseguem entrar, é bem provável que a internet consiga.
Mesmo as áreas brasileiras mais periféricas e carentes começam a fazer parte das estatísticas de pessoas conectadas pelo País.
Segundo pesquisa do TIC Domicílios, 70% dos brasileiros já estão conectados à internet. E o melhor: dentre esses, metade das classes D, E e rural passam a ter acesso à rede.
Isso é um tremendo avanço não só pelo cunho tecnológico, mas pelas possibilidades que envolvem o que a educação a distância pode trazer.
Com uma penetração maior da internet pelo Brasil, torna-se viável produzir conteúdo de qualidade para aquelas pessoas que mais precisam. Tudo isso de forma acessível.
Pois veja bem. Os cursos EAD, mesmo que pagos, conseguem garantir uma grande economia aos estudantes. Isso porque, com esse tipo de ensino, raramente utiliza-se transporte (já que é possível estudar em qualquer lugar e hora) ou materiais escolares.
Para aqueles que buscam uma melhor qualificação profissional, esses itens tendem a ser os maiores empecilhos financeiros.
Viagens longas ou gastos com moradia fazem parte da rotina daqueles que podem bancar qualificações e especializações profissionais de forma presencial.
Além do mais, quando pensamos no custo da educação em si, os números também são muito favoráveis.
Segundo a empresa de consultoria Hoper Educação, em 2012, a mensalidade média de um EAD era de R$ 348. Já em 2018, esse número passou para R$ 265. Uma redução de 23,85% em um período de apenas 6 anos – pouco mais que uma graduação comum, para efeitos comparativos.
E quando falamos de cursos livres, a tendência é encontrar preços ainda mais competitivos e acessíveis.
Tudo isso ainda depende de você
O cenário para o avanço da educação a distância é muito favorável, mas ele certamente não permanecerá assim por muito tempo sem pessoas para alimentá-lo.
Para aqueles que dedicam sua vida à educação, é preciso encontrar formas de levar seus conhecimentos a mais pessoas, de forma acessível para ambos os lados. Sabemos que no coração de um professor sempre cabe mais um aluno, e o EAD vem cada vez mais se mostrar ser a prova disso.